domingo, 28 de fevereiro de 2010

Patrik 1,5(Patrick,Idade 1,5)

Direção:Elle Lemhagen
Roreiro:Elle Lemhagen
Gênero:Comêdia/Drama
Origem:Suecia/2008

Sinopse: Sven e Goran, um casal gay, foram habilitados para adoção e eles têm uma possibilidade de adotar uma criança órfã, Patrik de 1,5 ano de idade. Mas quando Patrik chega, uma confusão é iniciada, pois não era o menino que estavam esperando. Uma vírgula havia sido colocada por engano no documento, e um garoto de 15 anos com um passado criminoso, e ainda por cima homofóbico, chega no lugar do bebê

Um filme super civilizado,como seu país de origem.Na composição de uma "dramédia" simplista diversos fatores influenciam para um bom resultado,tem que ficar claro para o espectador os momentos cômicos e os "sérios".E nesse tom de ordem para um bom conduzir a diretora Elle Lemhagen se expressa divina-mente.Tratando de um tema(ainda considerado polêmico no Brasil) a adoção por casais homossexuais,o longa caminha pelos difícies caminhos das relações humanas de forma pura e sem aquele posicionamento de que "eu" estou certo.
Algumas inovações dão o charme,por exemplo a cena de "chorar na chuva" conslui-se com o personagem raivoso chutando uma lata de lixo.Original e radical no tempo certo:Excelente.
Gustaf Skarsgård segura o filme,o ator esta em seu melhor.Dramatico mas não chato e engraçado sem ser tolo.Thomas Ljungman que interpreta Patrick sabe como atuar do insuportável ao doce: espero ver novos trabalhos com ele.Torkel Petersson arrasa,sendo um coadjuvante com excelente qualidade!O longa que vem no tempo certo,e nos faz pensar sobre o que realmente nos une como familia:O Amor!
Cinema+5Pipocas

Big Daddy(O Paizão)


Direção: Dennis Dugan
Roteiro: Steve Franks, Tim Herlihy e Adam Sandler
Gênero: Comédia
Origem: Estados Unidos/1999

Sinopse:
Um sujeito irresponsável passa a tomar conta do filho de um amigo que saiu em viagem. Sem jeito para ser pai, ele aos poucos vai aprendendo a lidar e gostar da criança, e vê a chance de reconquistar sua namorada, agora que está se tornando alguém mais correto.

O único filme de Adam Sandler que me agrada. A história é super simples e com muito carisma os personagens vão enchendo a tela.Me surpreendeu ao ver Adam conseguindo ter uma interpretação jovem(seu traço característico)mas não sendo "bobo".A narrativa nos leva para um "american way of life" às avessas!Criando um novo papel para os homens-adultos,e tirando "aquele" padrão do pai-herói de terno e gravata.
Joey Lauren Adams esta uma graça.Os gêmeos Cole e Dylan Sprouse atuam (aleatoriamente) como Sony,o filho "adotivo",infelizmente atualmente eles são "apagados" e sem brilho,mas nessa faze estão esplêndidos!
Não tem uma parte técnica tão rebuscada,mas nem é essa a pretensão do filme.
Vale muito ver,pois de tanto filmes:Nesse Sr.Sandler acertou.
Cinema +4Pipocas

sábado, 27 de fevereiro de 2010

The Martian Child(Ensinando a viver)


Direção: Menno Meyjes(A cor púrpura)
Roteiro: Seth Bass,Jonathan Tolins e David Gerrold.
Gênero: Drama
Origem:Estados Unidos/2007

Sinopse:Quando era criança, o escritor David Gordon sempre se sentiu excluído. O menino se achava diferente, e cresceu sonhando com o dia em que os ETs viriam buscá-lo e levá-lo para casa, no espaço sideral. Os aliens nunca vieram. Mas sua imaginação o transformou em um escritor de sucesso. Mesmo hoje em dia, no entanto, David continua se sentindo um solitário. Desde a trágica morte de sua noiva há dois anos, ele nunca mais experimentou qualquer traço de vida afetiva. Todavia, David sempre quis ser um pai. E ele finalmente resolve tentar - e acaba adotando o brilhante e problemático Dennis.

Esse filme veio de acordo com todos os meus posicionamentos em relação ao instituto da adoção,com uma linguagem simples o longa brinca de ser pequeno com medos de gente grande;São as faces da vida exploradas com sutileza,desde como ser o "estranho" pode te fazer o mais belo de todos e de como tentamos nos proteger de quem na verdade amamos.
O filme tem boa parte técnica,a montagem é super leve,excelentes atuações: Apaixonante a doce relação construída entre John Cusack e Bobby Coleman fazendo dos papeis,verdadeiros reflexos dos sentimentos humanos.Grande Direção,Roteiro e o climax é destruidor!
"Eu prometo que não vou embora!......-Mas então porque todos os outros se foram?"Só um cadinho do dialogo.
O tipo de filme que me deixa com "aquele" sorriso bobo na cara: ao ver como a sétima arte é o primor do ser humano.
Cinema +5Pipocas

Brüno(Brüno)

Direção: Larry Charles

Roteiro: Sacha Bahon Cohen, Dan Mazer, Anthony Hines, Jeff Schaffer e Peter Baynham.

Gênero: Comédia

Origem: Estados Unidos/2009


Sinopse: Bruno (Sacha Baron Cohen) é o apresentador do programa noturno de moda de maior audiência em todos os países de língua germânica, com exceção da Alemanha. Homossexual assumido, seu grande objetivo é tornar-se o austríaco mais conhecido desde Adolf Hitler. Para tanto ele realiza diversas viagens ao redor do planeta, sempre em busca de fama e glamour.
O longametragem é PÉSSIMO! Larry Charles (Borat) consegue dirigir de maneira horrenda uma história ridícula! Sou totalmente contra estereótipos e aprecio críticas "ácidas" a estes; Entretanto em Brüno tudo esta na medida errada! Claro que existem pessoas fashionistas com a necessidade de aparecer a qualquer preço, mas nem o "Gay" mais, mais, mais afetado consegue ser assim!
Simplesmente, essa visão da mente homossexual: NÃO EXISTE! Tratam-se das antigas mentalidades, retornam-se as ideias já ultrapassadas. Pergunto-me “se o roteiro poderia ser pior?” Não sou defensor da moral ou bons costumes, pois invariavelmente são relativos. Mas o tratamento dado ao protagonista vai além do vulgar.
Condeno narrativas como essas quando chegam ao grande público; Sendo um filme mal trabalhado podendo gerar duvidas e até mesmo consolidar preconceitos! Será que esses "escritores” ainda não perceberam o poder dos meios de comunicação? Por que fazer um filme com valores tão primitivos?
Lastimo, ao ver, o universo homossexual numa “nova era” de excelentes filmes que prezam por sair do lugar comum e começar a retratar com maior sinceridade e delicadeza, como a cinebiografia de Harvey Milk.
Em suma: Elenco horrível! Sacha Baron Cohen que esteve excelente em Borat consegue interpretar pior que a Carla Peres em Cinderela Baiana! Nem sei se conceituaria tal lixo como atuação. Fotografia pífia e montagem incapaz! Ou seja, não vale nem a câmera que usa. Parafraseando o personagem, “esse filme é tão século dezenove!".NÃO ASSISTA!

Where the wild things are(Onde vivem os monstros)


Direção: Spike Jonze
Roteiro: Maurice Sendak (livro), Spike Jonze (roteiro),Dave Eggers (roteiro)
Gênero: Drama/Fantasia
Origem: Estados Unidos/2009

Sinopse:
Max (Max Records) é um garoto que está fantasiado de lobo, provocando malcriações com sua mãe (Catherine Keener) por ciúme devido à presença de um amigo dela (Mark Ruffalo). Como castigo, ele é mandado para o quarto sem janta. Desta forma, Max resolve fugir da casa e usa a imaginação para criar uma misteriosa ilha, para onde vai de barco. Lá ele encontra vários monstros, que vivem em bando. Max diz que possui superpoderes, o que faz com que seja nomeado rei do grupo. Responsável por evitar que a tristeza tome conta do lugar, ele passa a criar uma série de jogos para mantê-los em constante diversão. Nesta tarefa, Max se aproxima de Carol (James Gandolfini), que tem um gênio imprevisível.

Visualmente interessante.Com boa direção,nada tão original,mas vindo de Spike Jonze(Quero ser John Malkovich) o "anormal" já é esperado.Ótima direção de arte e elenco: O protagonista,Max Records,creio ser o novo Haley Joel Osment,promete bons trabalhos;TODOS os monstros são encantadores,assim como seus interpretes :James Gandolfini,Paul Dano,Catherine O'Hara,Forest Whitaker,Chris Cooper e Lauren Ambrose que nos levam novamente para a infância!e nos tempos quando a imaginação nos guiava.Sublimes.
O roteiro deixou a desejar: Não li o livro,mas deve ser melhor.A narrativa é cansativa e o espectador espera um "climax" que não acontece!Mas ainda assim certas referências "psicológicas" e construções de personagens fortes,me fazem amar e odiar o texto.Roteiro complexo e inteligente,infelizmente na medida errada.O que faltou?Charlie Kaufman.Fato.Bom filme,mas esperava mais.
Cinema +2Pipocas

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Milk(Milk - A voz da Igualdade)


Direção: Gus Van Sant
Roteiro: Dustin Lance Black
Gênero: Biografia/Drama Biografia/Drama
Origem: Estados Unidos/2008

Sinopse:
Início dos anos 70. Harvey Milk (Sean Penn) é um nova-iorquino que, para mudar de vida, decidiu morar com seu namorado Scott (James Franco) em San Francisco, onde abriram uma pequena loja de revelação fotográfica. Disposto a enfrentar a violência e o preconceito da época, Milk busca direitos iguais e oportunidades para todos, sem discriminação sexual. Com a colaboração de amigos e voluntários (não necessariamente homossexuais), Milk entra numa intensa batalha política e consegue ser eleito para o Quadro de Supervisor da cidade de San Francisco em 1977, tornando-se o primeiro gay assumido a alcançar um cargo público de importância nos Estados Unidos.

Mais um grande filme de Gus Van Sant-Gênio Indomável-Creio que Milk é a sua grande obra.
Com roteiro inteligente e perspicaz, Dustin Lance Black,desponta como um dos novos "cérebros" do audiovisual, com estruturas sutis e revolucionárias.Narrativa densa e com toques unicidade política,teoria de Estado e a composição do movimento social.O roteiro desdobras as facetas do personagem(a la Harvey Milk)o movimento é mais importante que o próprio personagem em sim:Como Harvey sempre se declarou"Eu sou o movimento e não o "cara dali".É maravilhoso uma biografia que respeita os ideais da pessoa e assim defendendo-os.
Acertando,também, no momento ao ser lançado:No ano Barack Obama e das discussões do projeto 8(Contra/A favor para com a união civil homossexual nos Estados Unidos).
O Oscar errou ,como sempre,em não dar a Milk a estatueta de melhor filme.
Um primor em parte técnica: Edição,Montagem,Direção,Figurino e Direção de arte.Excelente fotografia.Elenco estupendo: Sean Penn Impecável.James Franco na medida certa.Josh Brolin inacreditável.Diego Luna interessado e indo além do que (eu) esperava.Os demais também são ótimos,em suma :Elenco afiado e avassalador.Em poucas palavras: Um longa polêmico e radical.
+5Pipocas

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A Beautiful Mind(Uma mente brilhante)


Direção: Ron Howard
Roteiro: Sylvia Nasar, Akiva Goldsman
Gênero: Drama
Origem: Estados Unidos/2001

Sinopse:
John Nash (Russell Crowe) é um gênio da matemática que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio onde atuava. Mas aos poucos o belo e arrogante John Nash se transforma em um sofrido e atormentado homem, que chega até mesmo a ser diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos que o tratam. Porém, após anos de luta para se recuperar, ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o Nobel.


O longa é "impecavelmente" brilhante.Com um eixo narrativo inteligente e inovador.Tratando de um tema tão controverso : a esquizofrenia.Sem repetir "clichês" e nem simplificando cenas para alcançar o publico.Ron Howard(Apollo 13) dirige com firmeza,sem extrapolar:Acredito que seja seu melhor trabalho em direção.Russell Crowe(Gladiador) esta formidável:Em uma interpretação superior a de Gladiador-a qual lhe rendeu o Oscar em 2000-Meu querido Ed Harris(As horas) agrega uma tonalidade forte ao longa.Jennifer Connely(Casa de Areia e Nevoa) em sua maior concentração,reflete e centraliza as emoções incalculáveis dessa mulher que se vê entre a cruz e a espada..e nisso escolhe acreditar no amor.Connely mereceu o Oscar.Paul Bettany(O Código Da Vinci) trouxe um grande sorisso ao meu rosto,não mais e nem menos,interpretou na medida certa!E realmente parece aquele amigo que todos temos(ou queríamos ter).Texto excelente,fazendo nos refletir sobre "temas" que evitamos a responder.Fotografia leve.Edição e Montagem perfeitas.Um dos filmes da minha vida.
+5Pipocas

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Ratatouille,Wall-e & Corpse Bride(A Noiva Cadáver)

Nesses últimos meses estou tendo sorte com as animações.Sempre gostei de desenhos e apreciava as histórias do gênero,mas as atuais estavam obsoletas e menos inovadoras,como Os sem-floresta,O bicho vai pegar e as insuportaveis produções da série Barbie.Porém,me surpreendi com 3 excelentes fitas:
Ratatouille(Brad Bird,2007)
Formidável!O roteiro leve e original,sobre um "ratinho"-Remy- cozinheiro,abre caminho para metáforas da vida e como acreditar em si mesmo é o melhor!Em relação a parte técnica: Tudo é deslumbrante a fotografia,som,direção,trilha sonora!Em destaque o trabalho das vozes dos personagens,o próprio protagonista tem um tom suave de um "cara"legal que encontramos na rua.Em suma: Deve ser Visto.
Wall-e (Andrew Stanton,2008)
O que dizer de Wall-e?Sinceramente não sei.Que é uma animação com técnicas estupendas?Que a edição de som é fenomenal?Que mesmo sendo em defesa da natureza...Não é mais um longa eco-chato!?Que a história de amor entre Wall-e e Eva é arrebatadora?O que dizer?Afinal, como aceitar que um filme sobre um "robozinho"é uma das obras mais humanas de todos os tempos.
Corpse Bride-A Noiva-Cadáver-(Tim Burton & Mike Johnson,2005)
Este já é de um tempo atrás,mas como não mencionar Tim Burton,um dos melhores diretores do cinema de arte contemporâneo!O longa trabalha muito bem o mundo sombrio e estranho do diretor.A Noiva-Cadáver,mesmo que destinado às crianças,possibilita analises profundas para os adultos.O filme transita entre dois mundos,dos vivos e dos mortos,mas o mundo dos vivos esta morto:O que nota-se pela fotografia "dark" e o ar sombrio;Diferente do mundo dos mortos que é absurdamente colorido e feliz....Mostrando como o fim pode não ser o fim,como muitas pessoas vivas não vivem e apenas existem!Viver no longa é totalmente relativo.A qualidade técnica é impecável e detalhe: Utilizando o Stop-Motion uma clássica maneira de animar.
Bons filmes para pessoas pequenas e grandes.
+ 5 pipocas para todos os citados a cima.