domingo, 14 de novembro de 2010

Shutter Island (lha do Medo)


Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Laeta Kalogridis- baseado no romance de Dennis Lehane-
Gênero: Drama.Suspense.
Origem: Estados Unidos. 2010


Sinopse: 1954. Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de um paciente no Shutter Island Ashecliffe Hospital, em Boston. No local, ele descobre que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e anti-éticos. Teddy tenta buscar mais informações, mas enfrenta a resistência dos médicos em lhe fornecer os arquivos que possam permitir que o caso seja aberto. Quando um furacão deixa a ilha sem comunicação, diversos prisioneiros conseguem escapar e tornam a situação ainda mais perigosa.



Um longa que não deu muito certo. Não é uma obra, em sua totalidade, ruim.O roteiro apresenta alguns problemas, principalmente por não tratar com o devido cuidado os meandros da narrativa em seus desenvolvimentos de (des)continuidades, reluz aos olhos as inúmeras possibilidades do argumento e construção de personagens.Que não foram aproveitados.
Boas interpretações. Leonardo DiCaprio esta bem, não como em Os Infiltrados, mas bem.O elenco secundário é expressivo, destaque para Mark Ruffalo e Ben Kingsley.
A direção de Martin Scorsese esta um pouco estranha, não ruim, mas o ritmo da história não condiz com os cortes ou planos de destaque da direção, que faz o espectador entrar em um clima, que não leva a lugar nenhum.Esperando por imagens que não são mostradas, ou "choques" que não ocorrem.Scorsese é um maestro, mas não acertou "a mão" em Ilha do Medo,considero como a obra prima do diretor: O Aviador de 2004.
Um filme que poderia ser mais do que é. Vale ver por ser um Scorsese! e pela excelente fotografia e direção de arte.
+2Pipocas

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Alice in Wonderland ( Alice no país das maravilhas)

Direção: Tim Burton.
Roteiro: Linda Woolverton- baseado no livro de Lewis Carroll
Gênero: Aventura.Fantasia.
Origem: Estados Unidos. 2010.

Sinopse: Alice (Mia Wasikowska) é uma jovem de 17 anos que passa a seguir um coelho branco apressado, que sempre olha no relógio. Ela entra em um buraco que a leva ao País das Maravilhas, um local onde esteve há dez anos apesar de nada se lembrar dele. Lá ela é recepcionada pelo Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e passa a lidar com seres fantásticos e mágicos, além da ira da poderosa Rainha de Copas (Helena Bonham Carter).

O que posso dizer desse filme? Primeiramente que é um grande erro! Um de meus diretores favoritos: Tim Burton. Envergonha-me ao colocar sua assinatura nessa produção; (des) necessariamente "inovadora", o roteiro quis ser "o inovador"- originalidade demais- como sempre acaba em desgraça! Quando do baixo nível ao piegas e, em especifico, a "busca por si mesma" de Alice, tornou-se cansativa.

Por que escolher Mia Wasikowska para ser a Alice? Por quê? Tem tantas outras atrizes. Scarlett? Natalie? Não que Mia seja péssima, mas a própria Anne Hathaway (O Casamento de Raquel) que já esta no cast, seria uma opção mais acertada. Lembrando-se de Anne, ou seja, a tão, tão e tão estranha Rainha Branca: Não entendi, dentre outras coisas, o motivo de deixa-la tão fatalmente surreal? A final o filme já "não é" surreal o suficiente?

Helena Bonham Carter, a melhor "coisa" do filme, garante alguns fortes minutos de boa distração. O chapeleiro, ainda que interpretado pelo maravilhoso Johnny Depp, é por muito caricato e chega a ser insuportável. Depp é cuidadoso em suas atuações, o que não é diferente em Alice, porém... Ele esta no tom errado, esta CHATO! Mas, ainda assim considero Depp um dos melhores atores atuais.

Acredito que fiquei tão "revoltado", por esperar mais de uma obra de Tim Burton e ainda mais por estar se baseando em- ninguém menos- que Lewis Carroll! Apenas, parte técnica, não convence. Fato. Quando esses produtores comerciais irão aprender? Logo, se quiser ver uma superprodução: Assista-o, se quer algo com qualidade, procure a versão "original" em animação ou a própria leitura do livro, já é por si avassaladora.

2012


Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Roland Emmerich, Harald Kloser
Gênero: Ação/Drama/Ficção Científica/Suspense
Origem: Canadá/Estados Unidos-2009

Sinopse: Séculos atrás, os maias nos deixaram o seu calendário, com uma data final em um dia determinado e tudo o que isso sugere. Desde então, astrólogos o discutem, numerólogos encontraram padrões que o preveem, geólogos dizem que Terra se encaminha para isso e nem os cientistas do governo podem negar que um cataclismo planetário de proporções épicas se anuncia para 2012. A profecia que surgiu a partir dos maias já se encontra hoje bem documentada, debatida, destrinchada e analisada. E em 2012, nós saberemos – nós fomos alertados.

Não tão provocador quanto poderia ser.
Não tão original quanto deveria ser.
Não tão polêmico quanto "o fizeram" ser.
O longa não é ruim, dentro dos padrões Hollywoodianos, com uma pifia história dramática ao fundo para vários e vários desdobramentos apocalypticos.O roteiro é fraco e não surpreende o espectador, mesmo com ideias boas- que não foram exploradas corretamente- e alguns bons personagens- em sua maioria: mal contruídos- Sendo, portanto, um filme com um bom argumento mas sem uma boa construção.
Gosto do elenco, mas as interpretações não estão satisfatorias, acredito que por o roteiro ser tão ruim, nem mesmo, bons atores como John Cusack ou a lindinha Amanda Peet conseguem ir além do esperado.Destaque para o excelente Woody Harrelson( O povo contra Larry Flynt),como coadjuvante garante ao filme seus melhores momentos.
Roland Emmerich( O dia depois de amanha) dirige estranhamente, aparentando limitar-se ao desnecessário: enfatizar das tomadas de destruição.Mesmo a parte técnica: efeitos especiais, som,edição e montagem sejam relativamente criativas, o diretor aparenta estar dentro "daquela" caixa de clichês comercias, por exemplo, as mesmas tomadas com "àqueles cinco segundos de chance para o personagem principal sobreviver e salvar a humanidade" sobre o tom da nem um pouco original fotografia em planos abertos de ritmo decadencial.Será impossivel enquadrar de outra forma? Será que o espectador não busca a surpresa? Ao invés de uma cena pronta? O que estamos fazendo no cinema moderno? A repetição dos mesmos ou a busca de uma verdadeira sétima arte evoluida?
Boa distração, mas se der ,vai ver outra coisa. Fica dica: Armageddon.
+1pipoca